Externo.

Com a precipitação que lá fora incessante sobrevém,

Escrevo uns versos para o dia não ficar em branco,

Rabisco estas letras, consistentes e insólitas também,

Numa singular resposta do meu comentário franco,

Comecei a descrever lentamente a lavada paisagem,

Num detalhamento prudente e até mesmo profundo,

Muito embora seja despojada a minha linguagem,

Numa incongruência cerimonial de cada segundo,

Os pingos batem fortes contra a vidraça fechada,

Molhando os espaços e encharcado as sensações,

A natureza se sente feliz com a chuva abençoada,

E assim desfilo o explanar com minhas emoções,

Busquei distintos detalhes no sossego do espaço,

Vislumbrando este espetáculo com apontamentos,

Buscando simples e sólidas réplicas no contrapasso,

Afastando a solidão comum de outros isolamentos,

Com a chuva contínua caindo lá do lado de fora,

Fechei a minuta rapidamente que falava do clima,

As gotas se chocam brandamente na janela agora,

Dando lugar a quietação do pensamento sem rima...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 11/06/2015
Código do texto: T5273664
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