Convite.
Pediram-me que eu fizesse uma alegre serenata,
E a audácia plena fez com que eu quisesse aceitar,
Uma para ser declarada no anoitecer cor de prata,
Na hora silente onde os grilos insistem em cantar,
Solicitaram-me que estivesse em versos rimados,
E que neles pudessem se sentir até mesmo o sabor,
Que deixasse os desatentos ouvintes emocionados,
E que as palavras versassem sobre temas de amor,
Pensei rapidamente e ao solicitante então eu propus,
Mencionar sobre a vida e outras tantas coisas belas,
Pois rimando eu a propósito deste tema já compus,
Pintei outros quadros com as mesmas aquarelas,
Acomodei nos impressos outras expressões serenas,
As serestas que conectam os cantadores e os poetas,
Versaram no atávico histórico de ocorrências plenas,
Brinquei com as escritas em suas formas completas,
Pus nas palavras os fatos que enfeitam cada minuta,
E em cada nova linha um verso original nasceu,
Compus tal serenata até para quem não me escuta,
E deixei claro para que soubessem que o autor sou eu...