Olho para o calendário à minha frente
e ponho-me a contar os meses,
os dias e as horas sem você.
Surpreendo-me com o tempo
que passou.
Sobrevivi!
Deus e eu sabemos como.
Durante todo esse tempo,
não houve um dia sequer que eu
não pensasse em você.
Sua lembrança permanece viva
em tudo que eu faço,
em tudo que vejo e em todos
os lugares nos quais entro e saio.
E em muitos desses dias,
em vários momentos,
eu tive que conter as lágrimas,
doídas e saudosas.
A mágoa e a dor ainda são imensas.
A terra, antes fértil e produtiva,
segue agora, devastada e infecunda,
contabilizando os danos causados
pelo vendaval da última primavera.
Nunca mais será a mesma.
Estragos com um final que
teima em doer.