O CIÚME
Ó rubra sombra de olhar desfiado
Contarei a tanta gente do seu céu de estrelas
Sei de suas metades apolíticas
De suas metáforas reluzentes
Apoio-a inadvertidamente.
Sei do teu passado de trevas
Das suas corridas pela praça
Do agir sem pelo e com graça
Tenho memória de mamute
Ó base de estrela escarlate.
Serei teu colégio e teu engraxate
Fá-lo-ei escalda-pés relinchão em mel
Endiabrada minha missão, embora uai!
Teu medo é teu pai
Proteja-se do conta-passos.
Estarei sempre ao seu baço
Metralharei teu coração com sandices
Debulharei teus pensares a extrair tanino
Assombra-te os penares como flor de quinino
Revirada a página, assino embaixo.