O CIÚME

Ó rubra sombra de olhar desfiado

Contarei a tanta gente do seu céu de estrelas

Sei de suas metades apolíticas

De suas metáforas reluzentes

Apoio-a inadvertidamente.

Sei do teu passado de trevas

Das suas corridas pela praça

Do agir sem pelo e com graça

Tenho memória de mamute

Ó base de estrela escarlate.

Serei teu colégio e teu engraxate

Fá-lo-ei escalda-pés relinchão em mel

Endiabrada minha missão, embora uai!

Teu medo é teu pai

Proteja-se do conta-passos.

Estarei sempre ao seu baço

Metralharei teu coração com sandices

Debulharei teus pensares a extrair tanino

Assombra-te os penares como flor de quinino

Revirada a página, assino embaixo.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 15/06/2007
Reeditado em 17/11/2008
Código do texto: T528251
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