Eu tive um sonho...

Quando era menina. Muito menina ainda, e só tinha olhos para o mundo e um desejo quente no coração, eu já sabia das dores da minha gente e da ilusão.

Então quis fugir. Ser gente grande, não com avental ou vassoura na mão. Não queria ser bruxa, fada ou madrasta, mas falar, falar, e falar pra toda gente....Tecer cantos, entreter gentes em outras e todas as línguas. Plantar sementes de esperanças e colírios para as dores de visão. Eu queria ser pintora para trocar o cinza por outras cores. Ou, artista...? Ver além dos bastidores .... Eu só queria estudar.... Estudar pessoas, sentimentos e amores.

E do alto de umas árvores que subi, bem alto, quando criança. Lancei alto meus desejos e um pássaro arteiro, que nem gente pequena levou meus desejos prisioneiros. Talvez fosse um Tupã, Jeová ou criador muito esperto e inteligente, e do bico da ave recebeu tal desejo. Fez-se, então, chuva de verdades e irrigou nas Terras tantas novidades, dizendo:

- Criança tem direitos de criança, participação nos doces e nas esperanças. Deve ter escola de toda sorte. Deixar soltos seus pensamentos, brincar livre na criatividade de mãos dadas com a ingenuidade, para ser adulto pleno e feliz. E sendo bons os seus desejos que deem bons frutos e produzam muitos risos amenos em corações quentes.

E eu respondi: - Agora meu destino não será apanhar de marido...., pois é o que eu "Outrora"... mais via.

E até hoje eu espero Às janelas destas terras, que os ventos tragam outros pássaros que alcem alto todos os desejos de outras crianças, que caladas sonham pelas altas madrugadas geladas.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 22/06/2015
Reeditado em 23/06/2015
Código do texto: T5285478
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