Inverno.
Vejo as folhas verdes nos galhos da laranjeira,
Molhadas pela geada que a friagem nos trouxe,
É uma contemplação de vida por sobremaneira,
Constituindo um espetáculo junto o pomo doce,
A atmosfera muda à consideração de todas as cores,
Verde branqueando os campos com própria intuição,
Revigorando a fragrância suave de todas as flores,
Que em novas frutas apetitosas em breve se tornarão,
No gélido aroma do ambiente recordo o tempo criança,
Acompanhando a eternidade do meu eu surgido agora,
Fatos aleatórios que renovam fixamente a esperança,
Que se fazem presentes na lembrança que foi embora,
Na aposição do tempo amanhã haverá novo fruto,
Confrontando a nossa definição do não entender,
O sarandeio de um aroma acentuado e absoluto,
No sabor gelado que a fruta madura poderá ter,
Esta nova estação igualmente tem gosto e cheiro,
É a evolução do tempo para o nosso compreender,
É a perfeição da natureza se anunciando por inteiro,
Folhas verdes e geada branca nos moldes do bem querer...