Desistência

Antes éramos um,

Serei, agora, eu

E, você, um andarilho sem rumo

Cansei de tua inutilidade

Dessa tua desmerecida vida de ilusões

Dos teus arremessos ao acaso

Dos sacrifícios de quem te ama,

Enquanto você perece em círculos

Um carrossel sem alegorias, és agora.

Enfastiei-me dos teus desvios de rota,

Das suas desistências injustificáveis

E do teu sofrível e infrutífero ser.

Não me provocas mais qualquer delírio

Nem pai de família, amante, amigo ou, tampouco, conhecido

De ti, mais nada.

Me perdi de você bem antes disso

Quando tu decidistes caminhar pelo breu da vida

E não mais encontrei tua mão.

Qualquer um é indiferente, se não for teu ilusório

Desisti. Acabou dedicação.

Já passastes de sonhador

Agora és um peso morto

Um fardo que carreguei até agora

Em quem investi expectativas tão palpáveis

E no meio do caminho me deixou

Não seguirei mais, sequer, teu vácuo

Use sua viseira e não recue

Siga agora sem mim, e eternamente.

Metanóia
Enviado por Metanóia em 16/07/2015
Código do texto: T5313217
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