"Sobrou desse nosso desencontro um conto de amor sem ponto final..."
(Chico Buarque)




E aqueles reencontros
se transformavam sempre
em grandes desencontros.
Lembranças cheias
de mágoas...
Um acusar-se sem fim
no mar de ressentimentos
sem nunca chegarem
à conclusão de quem
teria sido a culpa.
Não se reconheciam mais.
Eram sempre dois estranhos
a procurarem um no outro
os amantes que um dia foram.
Quase nada havia restado dos dois.
Sucumbiram diante das feridas que
as suas mágoas causaram
um ao outro.




 
Suzana França
Enviado por Suzana França em 20/07/2015
Reeditado em 23/07/2015
Código do texto: T5316989
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