"Sobrou desse nosso desencontro um conto de amor sem ponto final..."
(Chico Buarque)
E aqueles reencontros
se transformavam sempre
em grandes desencontros.
Lembranças cheias
de mágoas...
Um acusar-se sem fim
no mar de ressentimentos
sem nunca chegarem
à conclusão de quem
teria sido a culpa.
Não se reconheciam mais.
Eram sempre dois estranhos
a procurarem um no outro
os amantes que um dia foram.
Quase nada havia restado dos dois.
Sucumbiram diante das feridas que
as suas mágoas causaram
um ao outro.