= Muitas vezes ...

Alguém nos convida para um café

Nos animamos e vamos

Mas chegando lá sentimos, notamos

Que o café é ralo, fraco, morno

Nem amargo nem doce, muito menos no ponto

E quem nos convidou também

Rápido inventamos uma desculpa, um outro compromisso...

E voltamos, com a impressão de que por nada, nos desgastamos

Mais vazios e menores que quando fomos

Mil vezes melhor, não tivéssemos ido, pensamos

O (dis)sabor do café na boca, tapeamos com balas de menta

Das pessoas, com o tempo disfarçamos,

nos conformamos, perdoamos, esquecemos...

Aprendemos... Pessoas são assim.

Também somos

Prenúncio de chuvas, chuvas, tempestades, tormentas...

Dessas, delas, nunca saímos inteiros

Poucas, raras, em nossos caminhos, céus de brigadeiro.

= Roberto Coradini { bp } =

24//07//2015