Das ruínas de minha cidade fantasma 4

selo em minha pele selos grafolavados de histórias. no espelho a imagem nítida do que sou sem capa sem casca sem máscara. só o véu nebuloso velado. laguágrima a palavra mergulhada. abaixei a cabeça - como quem mergulha... - sobre cartas recebidas coloquei-as nas garrafas com areias coloridas lancei aos mares e seus regentes. enchi corais de algas e um colar de crânios. meu crânio roto abrigou missangas, enchi fráguas no cerebelo pingente de membros pêndulo pendurado na forca, corpo na guilhotina prisma de lumes e lâminas.

na epifania do dia

flor régia rege a brotação de um sol d'água

gerando pétalas e plânctons -

pura paz na pirâmide de luz

Rio, 2013.

Alessandra Espínola
Enviado por Alessandra Espínola em 26/07/2015
Reeditado em 02/08/2015
Código do texto: T5324239
Classificação de conteúdo: seguro