Altar de lembranças

Nesses longos dias mornos e brancos,uma mosca que zumbe em algum lugar,uma britadeira na rua,um sino longe,muito longe,e um tempo que se estira indefinidamente em parceria com o sol que preguiçosamente aquece através da cortina,ou da neblina fria, sublinhando essa eternidade incolor que,mesmo sem intenção,nos remete aos arquivos de nssa memória.

Abrir as gavetas é o proximo passo,mexer no que está nelas guardado,é uma consequência natural,daí a ajoelhar-se no altar de lembranças é um pulo inevitável.Numa fração de segundo somos remetidos,arremessados a lugares,pessoas e momentos que,desenharam e deram colorido a nossa aisagem,fazendo parte desse mistério de estar no mundo,construindo uma história que se compõe rindo,chorando,costurando e bordando a vida.