DESPEDIDA E ENCONTRO DO AMOR

Evaldo da Veiga

É assim o amor, sempre imprevisível.
Em sendo assim, é o magnetismo mais delicioso.
Ele foi logo ali, voltaria, não se sabe quando.
Ela fitou o seu caminhar pra distância...
Ah, quando outra vez, perguntava ela, 
sem saber que ele ia saudoso.
É aquele toque por demais invisível, 
sem mínima manifestação física,
mas que toca a alma, hum... como toca.
O tempo nunca é pouco e nunca é demais, 
o tempo e aquela dose certa
de espaço, que a gente não sabe medir, 
nem antes e nem depois, só resta fé,
 dedicação em sabe ter e esperar.
Um dia ela chega à porta de um templo religioso, 
em um lugar que não era seu costume ir, 
e também sua desvinculação religiosa plena, 
nem indicaria uma chegada àquele local. 
Ele estava de roupas longas, diferentes das de uso comum; 
vendo direitinho, era uma manta abrigando-o do frio.
Ele abriu os braços, parecia o Mestre, foi à imagem que ela sentiu...
Abrigou-se nele, entre seus braços, corações junto, corpos aquecidos.
Mãos movimentando-se, procurando atrações 
que se apresentam em suave e ardente encanto.
Amor ao pé do altar, olhos no céu vendo Deus.
O amor pode tudo,
todos os lugares, são lugares do amor

Imagem: Tela do Leonardo Da Vint.



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