ESPÍRITO ATORMENTADO

Prólogo

Por este pequeno escrito não espero ser compreendido.

Escrevi-o para mim mesmo. Vou ler e reler até compreendê-lo.

Desejo a todo custo reverter essa sensação de tribulação tétrica.

FOI APENAS UM SONHO

Pelos caminhos de meu rosto, sulcado, como as estradas da vida, escanifrado, antes nutrido, descia uma lágrima cristalina, morna, insossa, que deveria ser salgada. Desconheço a causa desse grito silente, do antes espírito ebúrneo. Macérrima, agora, essa substância não-corpórea jazia inconsciente.

CONCLUSÃO

A seiva, que já fora nutriente, já não é capaz de vivificar outra matéria. A perda desse viço é a punição pelas negligências não assumidas. Esse choro silencioso, inexplicável, é a desdita do padecimento físico crescente.