nas linhas das mãos

Nas linhas das mãos o destino já havia selado o encontro.

Em minha palma havia seu nome.

Na dele o meu Ser.

O toque era leve e quente.

As mãos pareciam se derreter a fim de tornarem-se unas.

O fogo feito por elas acendiam os olhos de um e de outro.

Nada se dizia, mas tudo era entendido.

Cada fogo do toque e cada faísca das íris que se cruzavam.

Eles estavam em transe.

Suas mãos pareciam serpentes que buscavam se entrelaçar.

- e apertar o máximo possível para não se deixar mais ir...

O beijo era o selo daquela paixão devoradora.

Cada toque seguido de meias palavras

Já eram suficientes para excitá-los.

Desejavam voar às alturas para poderem, enfim, pertencerem um ao outro.

Palavras e gestos jamais seriam suficientes.

O calor não podia ser explicado

A vontade de se terem era vista em seus olhares.

Renan Sposito
Enviado por Renan Sposito em 19/08/2015
Código do texto: T5351250
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