Nas estrelas

Nas estrelas

O respirar, ato involuntário do ser vivente

das plantas aos homens, é vida e depois morte.

Puro, nos inspira; cinza nos cega.

Certo dia o Universo inspirou profundamente

e bem suave foi soltando o ar,

e a cada suspiro nascia uma estrela.

Elas iam se afastando uma da outra

conforme se expandiam e,

as duas primeiras, ficaram infinitamente distantes uma da outra.

Milênios se passaram e o vácuo não as permitam mais conversar.

Um dia, porém, descobriram que podiam se falar.

Brilhavam luzes e diziam amor em suas piscadas.

Tão intenso foi isto que depois de tanto

voltaram a se aproximar e hoje se falaram.

Falaram pouco, mas juntaram suas eternidades.

O tempo todo é pouco para se lembrarem de tudo,

mas não têm pressa, pois há toda eternidade adianta à espera.

Elas brilham mais forte hoje e assim será em todas as manhãs.

Renan Sposito
Enviado por Renan Sposito em 28/08/2015
Código do texto: T5361729
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