Mandala de Mandela: o hino de todos os sul-africanos

Mandala de Mandela, a cela é escura e estreita e trinta anos se arrastam:

" dentro da noite que me rodeia

negra como um poço de lado a lado

eu agradeço aos deuses que existem

por minha alma indomável "

O ódio fermenta na alma , amargo e feroz, mas o coração começa a escutar o silêncio:

" nas garras cruéis das circunstâncias

eu não tremo nem me desespero

sob os duros golpes da sorte

minha cabeça sangra mas não se curva"

O perdão vai florescendo lentamente entre cicatrizes que ainda doem e as lembranças da palavra viva:

" sobre esse lugar de raiva e choro

paira somente o horror da sombra

e a ameaça do tempo me procura

e me descobre destemido "

E a cela agora se ilumina com a força que vai despontando, lúcida aurora sobre o que era desespero, a justiça se alinha com a verdade e o ser se regenera totalmente:

" pouco importa se o portão é estreito

pouco importa o tamanho do castigo

eu sou o dono do meu destino

eu sou o capitão da minha alma "

A verdadeira liberdade é conquistada, aquela que não pode ser suprimida, e a liderança amorosa se completa, logo a Mandala de Mandela vira a inspiração do seu povo e (poema dentro desta prosa, Invictus, de William Ernest Henley) sua oração se torna o hino de todos os sul-africanos.

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 07/09/2015
Reeditado em 17/02/2019
Código do texto: T5373383
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