Sustentação.
Recordo o tempo que já é passado e nele me aninho,
Tentando resgatar acontecimentos vividos outrora,
Procuro o encanto afastando as pedras do caminho,
Sonhando numa pulcra fantasia que nunca foi embora,
E quando volto a este passeio, o tempo se descortina,
E tudo retrograda para a mente numa delicada reprise,
A imaginação prossegue envolvendo-me nesta rotina,
Esperando que a vida neste instante lindo se eternize,
E o tempo vai passando sem afobação e sem demora,
Sondando os espaços em configuração de suave brisa,
Traz junto as doces lembranças do ontem e do agora,
Vai e volta em cada suspiro que em segredo analisa,
Observa a tudo e a todos em seus comportamentos,
Desponta a eternidade superando a própria morte,
Ensina novos rumos que evitam os aborrecimentos,
E a viver sossegados nos estremos da própria sorte,
O tempo se sustenta entre o sim o talvez e o porém,
Faz-se sentir no silêncio ou na asseveração discreta,
Perpetra rumores e em segredo profundo se mantém,
Apresenta a sensatez aos escritos a quem julga ser poeta...
Ótimo final de semana...
Beijos na alma!!!
Amaro Larroza.