PORTO MAR
É noite alta
Um som vadio no ar
A Lua se escondeu
Deixou só o céu por testemunha
Boêmios pelas calçadas
Esquinas de mulheres da vida
Bares sombrios brisa salgada
Todo um mundo pária se descortina
Vidas e sendas pregressas a suspirar
No cais marinheiros e suas fardas
Febre de porto atiçando seus ardores
Soturnos viventes
Sobreviventes tantos sem lar
Insanas sementes
A escória e os ébrios da madrugada
Confraternizam com as damas da noite
Vidas segregadas vítimas silentes
Segredos guardados
À beira do mar
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2015.
É noite alta
Um som vadio no ar
A Lua se escondeu
Deixou só o céu por testemunha
Boêmios pelas calçadas
Esquinas de mulheres da vida
Bares sombrios brisa salgada
Todo um mundo pária se descortina
Vidas e sendas pregressas a suspirar
No cais marinheiros e suas fardas
Febre de porto atiçando seus ardores
Soturnos viventes
Sobreviventes tantos sem lar
Insanas sementes
A escória e os ébrios da madrugada
Confraternizam com as damas da noite
Vidas segregadas vítimas silentes
Segredos guardados
À beira do mar
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2015.