NOTAS JOBINIANAS

O melhor que me tingiu a vida

Em cor de sol, sabor de verão

Nas notas Jobinianas, outras tantas

Amor de mulher

Recuso-me a ousar

Sou tão pouco neste amar de poesia

Se sou a magia, sou mesmo o resquício

Dum pranto rasgado;

Sabe a notícia de primeira página

O leitor me afligindo e tomando o meu uísque

Tudo o que sei, mais do que hei

E hei!

Nas minas navegáveis, tons senhores

De tomos de mel em rancores, pastores

Gosto de pêra, olor de mangueira

Tamborim a marcar , a amarrar os sentimentos

Amor de raça, de história em massa

Da cruz encefálica

Das pedras do rio

Do cio do Janeiro suado, melado e rival

Tribal das flores, do tédio e do menino na praia

Às margens incólumes deste cenário poetizado

Revelado e inesquecível...

Sabe-se, então que sois o vão

Em quais sóis estão?

O toque e a paúna na árvore de sansão

Navega em braços sãos

E me conta léguas com paisagem retrô

Em vez do pecado assumido

Por tez de um dia ter colocado em efusão

Medo a chacoalhar nas águas certas

De encontrar o bote a singrar no “não”

Cinto de avião

Minto que feio é o limão

Sem cores, ardores ou amores

Por poses a serem fotografadas na rocha

Células que morrem ardendo

Isto é saber

Se sei, outro sol, não sei.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 24/06/2007
Reeditado em 09/07/2008
Código do texto: T539421
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