NOTAS JOBINIANAS
O melhor que me tingiu a vida
Em cor de sol, sabor de verão
Nas notas Jobinianas, outras tantas
Amor de mulher
Recuso-me a ousar
Sou tão pouco neste amar de poesia
Se sou a magia, sou mesmo o resquício
Dum pranto rasgado;
Sabe a notícia de primeira página
O leitor me afligindo e tomando o meu uísque
Tudo o que sei, mais do que hei
E hei!
Nas minas navegáveis, tons senhores
De tomos de mel em rancores, pastores
Gosto de pêra, olor de mangueira
Tamborim a marcar , a amarrar os sentimentos
Amor de raça, de história em massa
Da cruz encefálica
Das pedras do rio
Do cio do Janeiro suado, melado e rival
Tribal das flores, do tédio e do menino na praia
Às margens incólumes deste cenário poetizado
Revelado e inesquecível...
Sabe-se, então que sois o vão
Em quais sóis estão?
O toque e a paúna na árvore de sansão
Navega em braços sãos
E me conta léguas com paisagem retrô
Em vez do pecado assumido
Por tez de um dia ter colocado em efusão
Medo a chacoalhar nas águas certas
De encontrar o bote a singrar no “não”
Cinto de avião
Minto que feio é o limão
Sem cores, ardores ou amores
Por poses a serem fotografadas na rocha
Células que morrem ardendo
Isto é saber
Se sei, outro sol, não sei.