Quinta-feira, 8/10/2015
Somos todos assim - Prosa poética -
Antonio Feitosa dos Santos
 

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Reconhecer é custoso, para quem orgulhoso é.
Enxergar o argueiro no olho do outro, oh! Isso sim,
pobre de ti e de mim, somos farinha do mesmo saco,
somos humanos, sufocamos e erramos feio.
Acertamos. Felizes por tão pouco, assim somos.
Eu me alegro pelos meus feitos, você só defeito.
Julgar é a nossa melhor diversão, de antemão,
pare de ser ranzinza sorria, se puder com o coração.
Somos assim enquanto o tempo se distancia indo,
vai caminhando, parando, chorando ou sorrindo,
lá se vai o tempo, sem lenço nem documento.
De repente passou. Em nós a saudade ficou
de tudo aquilo que nunca fizemos. É horrendo.
O pensar não se concretizou. A dor que perdura,
a velha imagem surrada, desbotada na moldura.
Não há quem conte a história. Nada restou. 


Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 8/10/2015 às 20h50