Não sobra nada
Quis ir buscar-te em palavras
saborear-te com os meus sonhos
recordando infinitamente a madrugada de Novembro que me soletrei a ti...
Mas hoje não sobra nada...
Nem essências ou magia
nem fome, nem sede
cheiro
ou qualquer sabor
O prato está na mesa insípido
Vazio
incolor
Triste sem qualquer brilho
como uma culinária sem gosto
ou aditivos...
Não sobra nada...
Nem restos
ou remendos para consertar..
Fico somente com a tristeza nos dedos
que se reflecte aqui
sem força para os talheres
olhando um prato que outrora esteve cheio...