Dizem que…

Essa grande mulher que se apresenta neste belo texto abaixo está dentro de cada uma de nós para ser descoberta/redescoberta.

Quanto a mim, acho que evolui pelo menos um tantinho...

Andei estradas, percorri caminhos que outras talvez não experimentaram andar.

Vivi as coisas mais simples como se estivesse num paraíso com a alma cheia de sonhos.

Hoje redescobri que, mesmo cheia de cicatrizes pelas guerras e lutas travadas, sinto que fui uma guerreira vencedora e que estou viva.

Fiquemos atentas, apesar de invisíveis a outros olhares...Rs

Jandira Ferreira/Jandamel

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Dizem que… – por Blandinne Faustine

Dizem que em uma certa idade nós, mulheres, nos fazemos invisíveis. Que nossa atuação na cena da vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens.

Eu não sei se me tornei invisível para o mundo, mas pode ser. Porém, nunca fui tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida, e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.

Descobri que não sou uma princesa dos contos de fadas; descobri o ser humano sensível que sou e também muito forte. Com suas misérias e suas grandezas. Descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às expectativas dos outros.

E, apesar disso…

Gostar de mim.

Quando me olho no espelho e procuro quem fui… Sorrio àquela que sou…

Me alegro pelo caminho andado, assumo minhas contradições. Sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas deixá-la de lado porque agora me atrapalha. Seu mundo de ilusões e fantasias já não me interessa. É bom viver sem ter tantas obrigações. Que bom não sentir um desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos.

A vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprendê-la, já é hora de partir.