Eu juro por mim

Como foi bom acreditar em fadas,

eu jurava que via por traz do vidro, eu via.

Sempre me senti para raio de loucos e palhaços,

de falsos e traidores.

Mas sabe, valeu a pena a pena que penei.

Cheguei a terrivelmente sentir falta disso tudo,

Houve dia que quis muito abrir portas e janelas fechadas,

mas um tanto de razão ainda me detinha, graças a essa mania

de pensar demais.

Os impulsos joviais não me cabem mais.

Descobri amores verdadeiros mas verdadeiros e imorríveis...

já era um tanto tarde, um tanto sofrido

mas o ridículo disso tudo é que depois gargalhei com

as palhaçadas que vi, com as loucuras que traguei,

com a confiança depositada atrás daquele vidro,

porque eu vi, juro por mim que via um anjo.

Cassia Da Rovare