Doçura
Doce, esperado e nunca tardio reencontro.
No fim é o que todos esperamos. Um reencontro.
Pois que se foi encontro há ter uma promessa contido.
E da vida queremos o trato feito. cumprido.
Aquela aliança que não se encaixou no anelo do anelar.
O filho que não foi gerado, os presentes que não foram trocados.
Doce, e nunca perdida esperança, eis que ela se apresenta. Ás vezes abatida,
outras renovada, mas sempre de pé!
Querendo espaço mesmo que pequeno, doado, alugado no coração abandonado.
Aí vem ele, o cavaleiro andante, o inferno de Dante, o fauno banido. Ele, o desejo
de ser absoluto sobre todas as outras emoções, sobrepujá-las, sepultá-las, triunfar sobre toda a realidade contrária a ele.
Nós, humanos demais, tolos demais, imperfeitos que somos, damos aos amores perdidos um novo sabor, reinventamos a fórmula e agregamos doçura.
Nada há para entender, apenas sentir...e se render!