VIRTUDES E VERDADES - SEGUNDA PARTE

Ainda ouço o cheiro amarelo e áspero do fel

Esforço-me para olvidar, dou macacos ao ar

Nas vestes insanas e enlouquecedoras da vida

Sigo pelos túneis de amianto

Cavalgando sobre o pranto das tardes felizes.

Embora cheire a escarlate úmido, o doce ruído

O local que é espírito, aura e luz

As vezes, pareço sonhar com almas estampadas

Outras, nem bem me acomodo e já vomito

Escrever é ampliar, poetizar é se eternizar.

Avenidas verdes, macias repletas de labaredas

Perfume francês, uma alíquota de sons

Pétalas rasgadas, mas não desperdiçadas

Engalanam meus versos

Por enquanto, basta-me o olhar atento do leitor.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 29/06/2007
Reeditado em 09/07/2008
Código do texto: T545748
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