VIRTUDES E VERDADES - SEGUNDA PARTE
Ainda ouço o cheiro amarelo e áspero do fel
Esforço-me para olvidar, dou macacos ao ar
Nas vestes insanas e enlouquecedoras da vida
Sigo pelos túneis de amianto
Cavalgando sobre o pranto das tardes felizes.
Embora cheire a escarlate úmido, o doce ruído
O local que é espírito, aura e luz
As vezes, pareço sonhar com almas estampadas
Outras, nem bem me acomodo e já vomito
Escrever é ampliar, poetizar é se eternizar.
Avenidas verdes, macias repletas de labaredas
Perfume francês, uma alíquota de sons
Pétalas rasgadas, mas não desperdiçadas
Engalanam meus versos
Por enquanto, basta-me o olhar atento do leitor.