AO PÉ DAS COLUNAS GREGAS



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Aqui estou eu, sozinho ao pé das ruínas
Ruínas essas que seriam as testemunhas
Da nossa lua de mel, do amor que nos uniu
Uma tragédia sem par tirou você de mim
Como poderei eu, perdoar o ébrio culpado
Duas semanas antes do embarque festivo
Tudo acertado e agendado era pura alegria
Quando saímos felizes da porta do hotel
Um carro desgovernado atropelou você
Meu mundo desabou fiquei em desatino
O motorista bêbado foi pego em seguida
Foste morrendo aos poucos por três dias
Definhei e murchei como folha seca ao Sol
Nunca esquecerei de suas últimas palavras
Vá à Grécia meu amor, por você e por mim
Mesmo estando com as forças se esvaindo
Você me fez prometer, que faria sua vontade
E aqui estou eu, em frangalhos junto às colunas
Com a sua linda aliança em meu dedo mínimo
Admirando a paisagem cheia de histórias
Com as lágrimas aflorando nos olhos e peito
Represadas e contidas só Deus sabe como
Cumprindo sofrido a promessa que lhe fiz
Como estou me sentindo vazio e triste
Tento ver com seus olhos toda a beleza 
Embora meu coração não possa estar ali
Para aplacar um minuto da grande saudade
Depositei nossas alianças sob uma pedra
Ao pé das gregas e sonhadas colunas
Nosso amor  permanecerá ali pra sempre
Ouvi sua voz em meus ouvidos dizendo
Obrigada meu amor
Sentei e a represa se rompeu...  

 
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2015.
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Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 10/12/2015
Código do texto: T5476273
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