JOÇA

Eu desaprendi a sorrir

Quem consegue ler os meus olhos

Nota claramente que eu me tornei

Um ser amargo e ignóbil.

Prefiro não sentir o amor,

Quem me toca

Vê claramente que não consigo

Conter a minha insuportável ansiedade.

Sou praticamente um robô

Um protótipo incapaz de ter sentimento

Que age pela razão

Assim como toda e qualquer pessoa estúpida.

Não uso os sonhos como muleta

Prefiro enfrentar essa vidinha patética

Sem tem falsas esperanças

De que algo irá melhorar a mercê da sorte.

Quero mandar tudo para o inferno

Acabar com essa porcaria toda

E sumir dessa joça.

Esqueça.