Não estou disposta, esfregada ao sofá, sendo amaciada por confortos, e nunca a fenecer como rosa sem suspirar-se. Uma poetisa acalmada, prosaica indolor, a sentar na rude mesa, como a servir-se de poltronas que seriam vistas se eu comprasse. Minha prosa agora está nas mãos, este rolo de palavras ronronantes como miados de gato. E parte de mim se espreguiça na mais firma das formas de casa. E já não tenho cama por temer o brocado insuspeito da roupa dessa cama. Louca talvez em remedar a senhorita de fino trato a ficar entre a parede sem tijolos para jamais ser emparedada viva...a prosa completa sem nexo ou anexo... E tenho temas a rejubilar olheos de terceiros infames. Outros que devem me ver como bola de feltro sem desejar o futebol, Algo de mima que trai uma certa indelicadeza de dama que dorme na falésia de seu destino. E muitos nem me entenderão com estas palavras, causadas pela maestria de ser aconchegada paciente de meu hospital isano. E dirão que a sorte que me reservo é a dos tôlos femininos, das musas emasculadas que rendem culto a lápis e rascunhos de vida. Escrevo por isso mesmo. A alvorada de meu horizonte queda cintilantes afazeres de moça sem desejos, desolada sem amôr de homens fúteis. E sou encanto, desencontro, o puro de desdizer poemas, louca de atrevidas formas de reescrever a si mesma. Mas se enganam no lêdo temerar-se de julgar os meus desatinos de preguiçosa exultante, talvez prolixa demais, a pedante reciclada entre nuvens de encantos. Ah, mas querem de mim a sua vitória que cederei em papéis escritos ou manuscritos indecisos. Ah, minha poesia livre de amarras, de não terrenas legislações, acima do espaço e recalcados pelo tempo! Sei de muitos que erram em minha cova intimista que decidem ver... Chego ao ocaso do dia e findo a recente manhã que já termina, sou a destra campeã de rodeios sem ginetes a quatro patas, a orgulhosa que se resfetela no sofá ignaro, meu desafeto do descando efebo. E tem, também, os que me lêem com sorrisos de puco caso, a fazer de mim e de meus textos os fogos de articíos que duram meia hora. Se serei famosa já não consinto e nem desejo, nem a imortalidade de escritora menor de palavras sem idades. Me canso e descanso, nunca atrevo e sinto a batalha por ser alguém. Nunca chegarei a tanto, e duvido de rosas eternas e recantos lusco-fuscos... De prosa quero perdurar o sem sentido entre sentimentos que padecem de ressentimento e de espera por anos de descrever-se! Sem amôr é duro o golpe e maior é o golpear ausente de outros que me desafiam. A cada dia o trabalho é uma vida relitante de estrela anã sem consorte brilho. Luto a momentos e minha literatura é difusa e complica. Outros tentem entender e que eu esforce a tinta para que seja a indelével serenidade. Assim será. Assim termino, de desporte doméstico a sentar-se frustada, de tudo que fui e deveras tem de ser. O meu destino é complicado como as palavras desta prosa que refleit aqui. Mas quero que seja assim e ponto final!
Jurubiara Zeloso Amado e Eu sozinha de camisola
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 04/02/2016
Código do texto: T5533275
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