VEM, OH, ALEGRIA!
Vem, oh, alegria,
possuidora pacífica
do meu coração...
Por que te ausentas?
Por quê?!
Vem, célere,
não te demores,
senhora e fonte
de meu alento!
Sem ti, turba-se
a emoção,
combalindo minh’alma...
ah, pobre coração, que,
saudoso de ti, alegria,
bate arrítmico,
desgovernado,
preguiçoso,
depressivo...
frágil...
Vem, oh, alegria...
reintegra-te
na posse tua
deste coração
esbulhado, invadido,
agredido, ferido, sofrido,
fenecido quase...
Vem, oh alegria...
não te demores,
porque os pássaros encerram seu canto,
a tarde cai
e a noite chega...
Vem, oh, alegria,
reintegra-te no que é teu!
Vem!...
Maria Deonice Sampaio Costa
Fortaleza, a 05 de julho de 2007