Sobre correntes...

E você quer cegar os sentimentos,

apagar teus momentos,

sufocar as presenças,

E você que pensa esquecer os seus

E pensa que existe substituição

E você que se deixa guiar

que se deixa

fazer

que se deixa deixar de existir

E você que se acorrenta, que tenta

que pensa que se reinventa

E você que quer entender

que vive de porquês

E você que quer recriar os castelinhos de areia

que diz que odeia, mas recria mosaicos

nos quintais das lembranças

E você que em casa diz que se vê

E você que vive sem razão e sem porque

reflexo de tudo o que passou, reflexo do que não volta

vive as voltas com o desamor e se posiciona distante

E você que nos sonhos és viajante

E você que acredita piamente em um ser humano

"diferente"

Quero dizer:

A vida é agora, há chuva e sol lá fora

O teus carecem e perecem sem ti

ninguém é insubstituível

mas,

ninguém é substituível

teu coração ainda pulsa vida

não se acorrente

tua alma é livre

e Deus a compreende

Castelinhos de areia são perecíveis

Retira de ti essa ideia

de que estás na teia

que não há solução

Viva!

Vivas e convivas enquanto há tempo

Deus te compreendes

e não há futuro

A vida meu eterno é agora

Viva!

Depois é arrependimento na derradeira hora.

Brasília - DF 2016.

- Do imaginário poético.

VivianMariaMaranhão
Enviado por VivianMariaMaranhão em 27/02/2016
Reeditado em 27/02/2016
Código do texto: T5557199
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