A CUMPLICIDADE

Depois de termos pisados na eternidade, a tarde surgia trazendo ventos que carregava aromas já sentidos por muitas vezes. Os corpos amolecidos e desfalecidos ainda rolavam, na tentativa dos ânimos crescerem e se afundarem novamente. A delicadeza da pele macia se fazia sentir, porem já contaminadas por aromas trazidos de dentro e espalhados por todas as camadas do contato. Ressurgia então a vontade crescente, a noite já se fazia presente, então pela segunda vez pisávamos na eternidade e engolíamos a seiva que jorrava e nutríamos. Os sabores agora já não tinham diferenças, a mistura era homogênea, garantindo assim a cumplicidade.

Entrelaçados e abraçados dormíamos vigiados pelos sonhos e satisfeitos pelas delicadezas do contato intimo e pela certeza de um novo dia que já despontava, trazendo novos envolvimentos, com novas emoções.

Novato: O mercador de sonhos