ETERNA QUERÊNCIA (AMOR DE MOLHO NA BOSSA)
Pode-se preferir um dos Caymmis
Pode-se até olvidar dum amor de vime
Que em desencontro com o mar, fez-se
Tristeza de pedra, como perda em manhã de Julho
Dos mesmos tons e marulhos a me julgar urgente.
De concreto, o eterno sorriso cândido e vil
Na passarela de aquarela distante e sôfrega
Invadindo da noite, o cio da madrugada dispersa
Ébria e um todo romântico malte
Que ao invés de rançar, fermenta fé à discórdia.
Coisas principais:
Amar mais e mais e, no mais, amar
(muito além de quatro terços)
Inconsequentemente, incontestavelmente
Por quedas e obras d’água, enchentes do peito
Leito de vida em torno da risonha morte.
Flor de corte
Por mais profunda que se assemelhe
Por mais prófuga que se emprenhe
Há tristeza caída nos buracos do dente.
Ali, recônditos; aqui, expostos
Como afronta do calor em torno do vidro
Que inerte è, e sendo, pois, assim:
Não temos o direito breve de ser lebre
Devemos fruir com pejo, graça e ensejo
Tudo o que nos foi apresentado e...
Eternizado.