Filomena

Filomena

Andar envolvente compõe a formosura do teu ser. Olhar estupendo como o azul olhar do mar, da praia de Calangute. Enormes e bem estruturados são os teus matsamelos, Filomena.O teu andar baila a poesia nostálgica dos marongas, dança xitchuketa, dança, Mena. Não sei dizer exageros, mas os digo exageradamente, sem dúvida, sem conto—da—carochinha. Nos sonhos e imaginações que me acendem, cintilam vozes comprometedoras— nossas vozes contracenam, Filomena. No alvorecer de um dia, mais um episódio, de certo que és a melhor parte dele, Mena. O teu cheiro, ah, o teu cheiro tão puro e natural, isento de qualquer fragrância vulgar, sinto—o, sinto -te, mulher. Esse tempo sem te ver, deixa -me doente, sem identidade nenhuma. Desconheço -me, deixo -me de ser, sem nunca ter sido, contudo, sei que rever -te, trar -me —ia a paz de que tanto encontro -me a buscar constantemente, havia -me de deliciar da então convalescença com que sonho dia e noite. Filomena, vi o esplendor do teu olhar uma só vez, mas a minha alma reconhece ter -te visto cinco mil vezes num lugar que tenho por irreflectido. Filomena, vi o esplendor do teu olhar várias vezes, digo isso sob o ponto de vista de um ser apaixonado. Ode à ti, Filomena. Ode à poesia que não te sei escrever, Mena. Ode à ti, ode à este grande sentimento que me deixa doente, esperançosa de rever -te, ao mesmo tempo sem esperança. Ode à pousada onde te conheci. Ode à ti. Ainda te vou escrever uma ode. Ode à ti,Filomena.

17/11/2015

Ruth Boane
Enviado por Ruth Boane em 12/03/2016
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