PAZ

Ânimos acirrados

Muita febre de bolsos cheios

Sem pés no chão

A base de tudo

Se desmoronando

em molho de manjericão

Promessas cimentadas

Em argamassa de poeira

Que logo vão ruir

Pátria amada tão sofrida

Ventos árduos que vêm e vão

Ninguém tem o poder na mão

Orgulho de ser

Já tão massacrado

Língua de fel cara manchada

Ouviram do Ipiranga

O sussurro que ainda resta

Com a gentileza

De quem não desiste nunca...

Cristina Gaspar

Rio de Janeiro, 17 de março de 2016.

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 17/03/2016
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