JANELA ABERTA PARA A PRIMAVERA
O vento redemoinha, rodopia e se descarrilha no giro
uivando, bramindo, ressoando descabido...
Soprando longe o cinza das nuvens, as gotas de temporal,
o gelo das nevascas;
desabotoando e expulsando o casaco longo do frio. ...
Depois de todo aquele barulho, o silêncio!
Silêncio que me faz questionar o silêncio.
Fecho os olhos sentindo a natureza em silêncio.
Abro a janela dos olhos, abro a janela da casa e vejo o dia.
O ceu agora azul, as folhas em quase nao movimento, o Sol aquecendo manso o suspiro profundo do vento.
Trabalho feito e o vento repousa.
Um passaro pousa... e na calma lousa do dia desenha o seu gorjear.
Vejo o Tempo presente abrindo a janela da vida para a primavera entrar.
D.V.
17/03/2013
(12:37 pm)
Copyright © 2016 Dulce Valverde All Rights Reserved