Vamos Mudar de Assunto.
Vamos falar de amor, aquela palavra esquecida e que pode tanto trazer alegria, como dor.
Vamos sonhar que tudo isso é um pesadelo leve e que logo vamos acordar para um novo dia de sol, um dia ameno, sem frio nem calor.
Que tal desligarmos o nervosismo, a ansiedade, a inveja, o rancor e o televisor?
Que tal vermos os gibis da infância perdida na puerilidade das estantes do passado ou as nuvens em formato de algodão doce, deitados nos gramados, longe das guerras e do terror?
Vamos dar as mãos e esquecer as cores dos corações partidos, as bandeiras, as dissidências, as distâncias e discordâncias ideológicas e tocar nossas vidas sem o torpor dos olhares velados daqueles que não enxergam além da crueza e do temor.
O tempo é curto. A natureza urge. Discussões inúteis só esfriam nosso humano e milenar amor.
Vivemos atualmente divididos por cortes e facadas, pancadas pesadas nas cabeças pensantes de irmãos de razão, tornando-nos inimigos na tentativa vã de impor um ao outro nosso pavor.
Tudo é breve e deve ser leve, amigos, que a medida do ódio não valha sequer a pena do poeta doido nem as lágrimas solitárias do cantor bêbado pela falta de aplausos no final de cada clamor, tentando embarcar no seu disco voador.
Chega!
Chega!
Chega!