Acabou

O corpo não vibra mais.

As conversas ficaram enfadonhas.

Um cobra, o outro não pode pagar. A conta ficou alta demais.

Diante de indagações se calam. Naufragaram.

Um foi buscar perguntas pras suas respostas. Queria muito saber. Foi sem permissão. Quis ser 'livre', mas não era 'lícito'. Desobedeceu. Fugiu, foi seguida,  pega de surpresa. Nossa! Que vergonha! Pede desculpa! tentou se mostrar, o outro não queria saber. Preferiu a menina descalça que um dia viu o mundo pela fresta da janela. mostrou o mundo e agora não tem como fechá-lo. Deixa-a ir, se ficar te magoaria ou deprimi. Morreria aos poucos sucumbindo o que é, com a culpa de não se mostrar, porque não poderias suportar tamanha alegria que quando sorri, ecoa. Como poderia suportar? Não! Comporte-se! Assim você provoca, atiça. Como poderia ainda ser dele? Quer ser de alguém um dia, mas levando 'isso' que é. O 'riso' frouxo, a leveza que chamas de 'cabecinha' de borboleta, a tranquilidade da casinha no campo, o silêncio quando a resposta não vem... Aceita assim... Se não, será outra... 'seca', morreria de desprazer.

30/03/2016 quarta-feira 12:22

Tati Vitorino
Enviado por Tati Vitorino em 31/03/2016
Código do texto: T5590261
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