para meus netos
João Miguel , Matheus , Pedro , Maria (linda) Flor presente, Ana Bela que vai chegar
 
Amor é fazer uma coisa grande ou pequena, que nem quando vemos uma nuvem num formato que ninguém mais vê, se vejo um rosto outros veem um lobo, mas o formato do rosto só eu vejo, assim é o amor: vemos em outra pessoa o que ninguém mais vê e fazemos coisas grandes ou pequenas para essa pessoa.
Amizade é um sono que adormece no seio do carinho, por vezes tem um pesadelo e assustada
aguarda acordar em lençóis macios; outras vezes adormece tão profundamente que ficam as lembranças infantis de sorriso fácil.
Mundo...fatos de hoje sempre foram antevistos no ontem...
a violência, a ambição de poder, a crueldade e o exibicionismo não têm fim.
contudo percebemos que o perdão, a generosidade e a filantropia também não.
assim é o mundo; um disparate do bem e do mal;
eufemisticamente no processo de desenvolvimento espiritual.
Solidão
é uma semente que plantamos para uma futura liberdade mística,
ficamos assim em completo inverno de alma
aguardando a primavera
com novas flores para ofertar a quem amamos.
Religião
primeiro um cristo menino que pobrezinho nasceu;
depois um exército de almas penadas;
e depois do depois e depois a transcendência espiritual...
assim me vi em meandros religiosos...
hoje apenas acredito em mim sinto-me incapaz de acreditar na corrida
cega de crocodilos de pele macia.
Livro
se há algo que me revigora é o cheiro das
páginas de um novo livro...
me assoberbo de perspectivas...
o que nele contém de escrito: bom ou ruim;
 é apenas o cheiro de vida banhada em tintas;
onde nascemos
e quando queremos
nascer para a leitura...
não se força alguém a nascer
nem morrer (desesperado) nas
páginas de sua própria história.
Prazer
vejo-me em uma floresta sombria,
úmida de folhas mortas
ao pisar sinto a sensação de maciez podre.
após extensa caminhada e fadiga
sou banhada pelo reflexo do sol
prazerosamente aquecida pela vida...
assim como nossas crias
até se formarem reflexos de sol
numa ablução cotidiana
Tristeza por vezes sinto-me num estado febril de esmorecimento, minha alegria de outrora vagueia por caminhos desconhecidos. Assim a tristeza provocando o falecimento da minha alegria então substituo-a pelo gosto do gergelim curando minhas feridas na tentativa de poetizar minha tristura.
Poeta
nem sempre acordo poeta,
teimosamente as palavras não me satisfazem
fico horas num ócio sem criatividade
mergulho nas lembranças da minha infância e,
sempre encontro a menina
com a cabeça no mundo da lua
reinventando seus dias
Saudade
sempre a tenho como
uma caixinha forrada de veludo;
compactuados cabem os medos,
meus suspiros,
as perdas,
corporizados faz-me crer
que tenho um coração valente.
elaenesuzete
Enviado por elaenesuzete em 04/05/2016
Reeditado em 16/06/2016
Código do texto: T5624755
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