sou aquela menina que nasceu muito feia
sim. essa mesma que seu pai viu uma bola de fogo no quarto enquanto ela ria...ria muito....
sou aquela que na madrugada precisava que vigiasse
por causa do sonambulismo
aquela mesma que brincava na rua até tarde da noite
que vestia lençóis imaginando ser uma cigana
é...essa mesma que pendurava um tacho de cobre na cintura e saia pra rua lendo as mãos de quem não existia
então... lembra que ela sofreu muito na escola?
é. atemorizada pela mestra.
isso mesmo sou uma sobrevivente da educação escolar...
faço parte da resistência a sobriedade...a realidade dos fatos...sou mesmo o fruto do devaneio
minha arma eficaz contra a dor do viver

são profundas elucubrações
oriundas dessa infância sem orientação e sem carinho
elaenesuzete
Enviado por elaenesuzete em 06/05/2016
Código do texto: T5626713
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.