Um abraço na Tarde.
O danado do mormaço
Afagava-me na monotonia do igual,e a
preguiça se alojava comprida em meu intimo.
Espreguicei tentando segurar a juventude que
foge a galope nas asas do vento,sem dar
o adeus para a velhice que chega implacável
e sorrateira. O vento miudinho brincava com
as folhas amareladas,restos da natureza.
Lá longe os barcos pesqueiros eram tragados
Pelo horizonte,no marzão azul marinho.Vez por
Outra dava uma espiada no cantinho do telhado,
Aranha fazia seu bordado,artesã nata qualidade
Escolhida por Deus.
Vontade mais que danada de dar um abraço na
Tarde que vem cantando ternura bem devagar,
como se todo o peso do mundo estivesse em
Suas costas.De qualquer maneira cumprimentei
á noite que chegava,trazendo sortilégios de amor.
Peguei uma caneta,folhas de papel, e chorei de
Mansinho lagrimas em formas de poesias.