A Fala angélica do bardo andante

"Os homens ( e mulheres ) de boa aparência não vivem muito tempo" -

provérbio chinês

Uns falecem com a fama, morrem sem amôr, desonram bens. E estão mais homens e inúteis pela História, os nunca amados. Com eles se vai a humana lágrima infeliz, de tão obsoletos! Uma vasta humanidade soçobra, desmaia na fome, desaparecem...

E serão esquecidos se suas mulheres gerarem pesadelos A cada um a eternidade do mármore, infindável condição O homem, mortal e jurado de vida, pode tanto modificar. E insiste na vitalidade e nunca sabe se maltratará o céu. No entanto padece-se dum amôr caro, a sua única forma de ilusão. Por acaso outro alguém se lembra do amôr? Outros sabem, outros temem o escuro véu.

Dirão em alta voz que ninguém deveras escuta com o coração alerta. Num instante perderão sentidos ou matarão os sentimentos. O que mais um amôr pede para voltar? E onde a boa fé? Pois nunca basta a reza correta, o absurdo orado, parabenizando a vontade fraca. Jamais se vê homens santos decretando sentir compaixão...

Cria-se dogmas, esmaga-se flôres tecidas na luz, se detêm um passado E a ninguém é oferecido a paz serena ou esta harmonia vã. Até parece que alguém se lembrará de semelhante mitologia! O homem foge da chama - de sua chama, daquelas verdades, a fogueira. E em chamas morre insensível diante dos terceiros vivos.

Chama e luz, filho ou pai, até onde estarás este velho amôr? Na ameaça da morte, ruidosa silenciosa, num valente seduzir. Embora vivo o ainda distante mentiroso achará um final Iluminado na estrada com certeza tramada, será perdido orador. Decaído como anjo, e alguém escreverá acerca das mentiras deste.

E de um ser humano ajuizado a perder fama e destemor. Teremos um santo arruinado, sacrilégio ou má pretensão! Os homens, ou praia desértica, mulheres, parte universo Cada qual eterno, mas são fatalmente inúteis na solidão. E serão os inúmeros a chorarem pelo momento da morte Já que os filhos estão longe, querendo despir e encontrar seus pais rumo ao Sol. E parecem suados meninos desventurados. E solitários sonhadores! Querem o destino nas mãos e se tornarão homens maus.

A eternidade tem conta infinita,faturas não compensadas no abismo.

Os senhores que são homens destituem este lucro mau ... e a soma de tudo empalidece a riqueza da humanidade! A pergunta ainda ao ar ardente: Alguém lembra do amôr? Senão os homens de amanhã pagarão ao falso devedor da vida. Que assim o seja que me perdoem por serem tão humanos!

Anônimo
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 07/05/2016
Código do texto: T5627914
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