Confusão íntima e alheia de um EU

O mundo voa todos os dias... Faltam asas... Falta tempo... Retrato da falta de vontade das mudanças mútuas que nos impulsionam aos erros e acertos e ao atraso de nós mesmos. O que são isso? Quais medidas são funcionais? Que mundo exploramos e deixamos para trás, e por quê? Somos tão morcegos/borboletas que não seguimos caminhos lógicos, mas obedecemos a percursos rebeldes, cujos fluxos nada mais são do que dados rodados à própria sorte. Na escuridão desenhamos nossos medos. Na luz, nos enganamos na certeza de estarmos livres de nossas próprias acusações, mas o rotulo é o mesmo, somos reféns de nossos planos. De nossos próprios monstros... Somos erros, cujos alvos voltaram-se aos miradores, não às vítimas. Um retrato do infinito íntimo... “Alcançar o espelho d’água d’alma é provável, difícil e beirando o impossível, é encontrar no fundo do oceano o sentido perfeito e preciso da mesma” seguimos dentro de nós mesmos e carregando na ignorância íntima dispositivos que culpam as vítimas. Lixo! É o que o lutador dentro de mim sente. Sempre culpando os relógios por ter chegado antes ou depois de atos já consumados; sempre lamentando o erro evitável; chorando lágrimas covardes no sentido inverdade; cruzando os braços diante do espelho escuro que denuncia o mal em si oculto; sempre culpando o meio por seus erros, quando deveria assumir que seus erros destruiu os meios. A voar continua o mundo. Sol e lua se misturam, assim como horas, minutos, segundos e suicídios diários. Morremos tanto que esquecemos o valor de estarmos vivos. Infelizmente o tempo existe na produtividade de envelhecer a totalidade, mas somos donos dos ponteiros, decidimos a velhice e a juventudes de nossas próprias almas calejadas(será) pelo irônico tempo. Que passem os dias sem asas. Falte o tempo que nem tempo tem pra se faltar e que o retrato emoldure ventos que sopram caos em busca de paz, e que aceitemos o Nosso Meu Eu como um Só e façamos tratos possíveis sem dados rolados e sem tempo pra mudança, pois não mudamos nada, somos sempre resposta do que “nos” apresentamos, mas sejamos mutáveis pelo cenário que cerca as várias possibilidades, não pelo simples fato de nos alto consagrar.

GCarlos
Enviado por GCarlos em 07/05/2016
Reeditado em 07/05/2016
Código do texto: T5628500
Classificação de conteúdo: seguro