Filhos?

Filhos?

Melhor tê-los.

Ainda que, no meio da noite, cólicas.

Apesar das crises de brabeza – ‘não!’

E dos inumeráveis ‘por quê?’,

Das quedas, tropeços,

Da otite, bronquite, amigdalite.

Mesmo que se morra de medo

De escada rolante, banho no mar, 5º andar.

Filhos?

Melhor tê-los.

Presença constante, embora ausente.

Abraço amigo, mesmo com birra.

Fragrância que se eterniza.

Amor – esse não tem nome!

Filhos?

Melhor tê-los.

E porque os temos,

Aprendemos.

Aprendemos a nos molhar na chuva,

Não ter medo do escuro,

Esperar o dia seguinte

E as próximas férias também.

Aprendemos....

Felicidade?

Todo mundo junto!

Inspirado livremente no Poema Enjoadinho do poeta Vinícius de Moraes.

Minha homenagem à minha mãe, mestra nessa ciência, e às mães - do coração, da alma, às mães-tias.