Teresa Carrar

As canseiras desta vida

Tanta mãe envelhecida

A escovar

A guardar

Uma farda carcomida

fica um farrapo a brilhar

Cozinheira que se esmera

Tira o pão que tanto espera

A contar

A esquecer

Uma rede a consertar

E os seus a protestar

E tens todos contra ti

No silêncio e no protesto

E a miséria tráz o resto

Sempre de mal a pior

E cada um se lamenta

Isto assim não pode ser

Esta guerra não se aguenta

O que é que se há-de fazer.

Nota:

Poema para a peça de teatro de Bertolt Brecht

"As Espingardas de Teresa Carrar"

lucianobarata
Enviado por lucianobarata em 13/07/2007
Código do texto: T563866