Teresa Carrar
As canseiras desta vida
Tanta mãe envelhecida
A escovar
A guardar
Uma farda carcomida
fica um farrapo a brilhar
Cozinheira que se esmera
Tira o pão que tanto espera
A contar
A esquecer
Uma rede a consertar
E os seus a protestar
E tens todos contra ti
No silêncio e no protesto
E a miséria tráz o resto
Sempre de mal a pior
E cada um se lamenta
Isto assim não pode ser
Esta guerra não se aguenta
O que é que se há-de fazer.
Nota:
Poema para a peça de teatro de Bertolt Brecht
"As Espingardas de Teresa Carrar"