Sem limites entre a terra e o infinito

Quase noite, ainda dia... aquela hora em que não se sabe bem se é dia ou se já é noite. Lusco-fusco. Mar sereno, silencioso, como se nos convidando para a reflexão, o ajuste do dia. A areia, um tapete sob os pés, a acariciar cada passo dado pela orla majestosa sem limites entre a terra e o infinito. Lua cheia chegando clara, entregue a todos os olhares. O ar da noite burilando muito devagar os vãos, mas já a amenizar a temperatura escaldante do dia.

Ao meu pensamento vem um turbilhão de coisas que nunca entendi e nem sei se um dia as entenderei... Fluxo e refluxo...

Agora só ouço minha própria voz que, em silêncio, faz ecos dentro de mim mesma. O que ela me diz? Nem sei bem. Somos misturas de vida... de tantas vidas!... Consciente, inconsciente e um tratado de 'deve-não deve', de 'certo-errado'.

Mísera melancolia me invade - parece que uma golfada de um vento imprevisto a trouxe e ela parou em mim. Me pergunto por que o mundo - que sempre parece se oferecer para nós - de repente nos tira as alegrias como se as quisesse dobrar bem dobradas e deixá-las guardadas para sempre, quase escondidas, dentro de uma caixa inviolável?

Na realidade, não há luz, nem amor, nem alegria, nem certeza nem consolo algum para a dor...

E assim, varrida por sentenças confusas de luta e fuga, sigo minha caminhada... para te encontrar! (E eu não sabia!... coisas do destino!...)

O mar da fé é imbatível!

Tudo se transformou!

lilu
Enviado por lilu em 13/07/2007
Reeditado em 18/07/2007
Código do texto: T563955