O Homem Perfeito

Desde pequenas, somos iludidas com os falsos contos idealizados pelos desenhos animados, onde o príncipe é sempre alto, branco, queixo quadrado, cabelos alinhados, olhos claros, barriga tanquinho (cá entre nós, o que não é nada mal), bem vestido e vem montado em um cavalo branco que de tão bem treinado, às vezes sabe até dançar. Esse lindo príncipe fictício, por vezes chamado Philipe, Charming, Deric ou outro nome americanizado, conquista-nos o coração no primeiro sorriso; sendo amor à primeira vista. E uma das coisas mais notáveis que não nos passa despercebida, é que sua função é sempre salvar a nossa pele nos momentos que estamos em perigo.

Por que a sociedade nos educou dessa forma? Por que nos impôs dependência?

Não quero um homem para me socorrer nos momentos em que sei que posso me superar, tirando forças de dentro de mim mesma e provando que sou capaz.

Quero mais do que um homem ao meu lado! Quero um companheiro. Alguém que ao me ver tropeçar, segure firme em minha mão, apoiando-me, ajudando-me a levantar e continuar... Quero simplesmente isto: continuar caminhando com as minhas próprias pernas.

Não importa se ele vive em um palacete ou em um chalé no alto de uma montanha; se seja alto, baixo, gordo, magro, branco, negro, índio ou mestiço; nem que ande de carro importado ou a pé; quem se importa se seu nome seja João, Antônio ou José? Todos são nomes lindos. O importante é que ele me complete (sim! Mesmo que seja uma mulher moderna e independente, um verdadeiro amor sempre chega para nos completar.), que me faça feliz, que torne os meus dias mais serenos.

Tudo nessa vida passa, se for para conquistar bens materiais, que possamos conquistar juntos; se for para plantar novas gerações na Terra, que possamos colaborar com a nossa semente, resultado do fruto de nosso amor.

Um homem que me valorize, que me inspire, que tenha um ótimo papo agradável, que seja meu amigo, que arranque o meu melhor e sobretudo, que tenha paciência em meus momentos de crise, esse sim será o homem perfeito. E quanto ao resto? Bem, o resto é só ficção.