AGENDA PERMANENTE
Amar quem nos contraria, nos desdiz, nos desmente com a dúvida velada do olhar insolente.
Aceitar por bem quem nos cava os avessos como céu nublado e sinal vermelho.
Ansiar pela chuva que fará dobrar os ombros tesos.
Amar o inóspito e o imperfeito.
Abater o equívoco no arpão do desejo.
Cravar a dúvida de prata no flanco minado do absoluto para suprir a um só tempo razão e contentamento.