Abandono

Era tarde, estava frio
o vento soprava na madrugada
um homem solitário
soluços e convulsões.

Tarde era, frio estava
à beira da estrada
ele seguia calmamente
soluços e convulsões.

Atrás dele uma senhora
pouco se via quem era
era aquela a quem
por ela o homem chorava.

Ela seguia impassível
atrás dos fortes soluços
que de longe pareciam
gritos que não se ouvia.

Era tarde, estava frio
a amada o abandonava
e ao segui-lo sentia
que nunca mais o veria.

Estava frio
tarde estava
e o homem
só-soluçava.
 
Norma Bento
Enviado por Norma Bento em 25/06/2016
Reeditado em 24/10/2018
Código do texto: T5678652
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