Nossos Heróis

Nossos Heróis

Às vezes fico pensando o quanto nos impressionamos com aqueles que figuram como mitos na sociedade, por alcançarem feitos excepcionais. Alguns ainda em nossa memória e outros nem tanto. Anderson Silva, José Aldo, Cafu (um dos maiores laterais direitos da história do futebol e jogador que mais vestiu a camisa da Seleção.), Joaquim Barbosa, Zico, Gandhi, Mandela e mais uma interminável lista. Também, às vezes, nosso olhar é tão fixo nos atos que deram destaque a estas figuras que nos sentimos pequenos e incapazes de feito semelhante; isto não é o melhor que podemos tirar para nós da história deles. O fato é que não faremos mesmo e sabe por quê? Simples. Aquela era a luta deles, a nossa é a nossa. Certamente bem maiores quanto ao impacto em nossas vidas. Miramos nossa pequenez diante destes gigantes e concluímos: não dá!

Mas ninguém nasce grande e até para crescer tem-se um "preço"; para elastecer as pernas, engrossar o tronco. Não será sem matéria, sem conteúdo. Esquecemos que aqueles outros heróis, antes de emplacarem retumbantes vitórias, amargaram grandes derrotas e às vezes até depois de reconhecidos tiveram suas inacreditáveis e vergonhosas. Nisto se enquadram recentemente José Aldo (invicto há dez anos), Vitor Belfor. Este último em luta há aproximadamente um mês, contra Reginaldo Caranguejo, foi pré-anunciado vencedor pelo narrador da Rede Globo que considerava tamanha desproporção, como a maioria. Pois amigo, Vitor apanhou tanto e tão vergonhosamente que se fosse luta de rua, teria desperdiçado umas duas encarnações... para aqueles que acreditam. É certo também que pessoas como Zico (ex-futebolista: um dos maiores jogadores da história do futebol mundial), antes de ser ZICO, precisou ficar afastado por cerca de uma ano, pois embora tivesse talento, faltava-lhe condição física. Cafu (capitão do Penta, 2002), foi rejeitado por mais de uma dezena de times, os quais foram categóricos em deixar claro, "Vá fazer outra coisa!". Pelé costumava permanecer no treino após todos os outros irem embora e chutava ao gol, não menos que mil vezes antes de deixar o campo. Assim se fazem os heróis!

Diria sem medo de errar que dentro de nós moram heróis que precisam ser libertados e isto virá primeiro pela nossa crença, depois com muito persistente trabalho. A derrota é, às vezes, a maior das bençãos. Ela aponta onde está ou que pelo menos existe onde melhorar e nós é que faremos isto. Se não o fizermos não revelaremos, não seremos nossos maiores heróis!!!

Diante das derrotas, cabe-nos responder: Será que acreditamos tanto quanto eles? Já afiamos nossos dois pés mais de mil vezes num só dia, como fez Pelé várias vezes? E já, do jeito certo, nos isolamos para fortalecermos o corpo, a fim de que suporte tamanha vitória desejada? Será que aprendemos primeiro a sermos bons perdedores? Estas respostas precedem à façanha, pois ninguém será herói antes de ser um bom perdedor e sê-lo significa avançar a cada fracasso, minar os muros que nos separam da vitória, como em Jericó. Alguns serão apenas perdedores, outros bons perdedores e destes, alguns serão heróis. Talvez percamos dois pênaltis em nossa copa do mundo como Zico fez em 1982 e 1986, ou percamos um gol do meio de campo como Pelé. O que não podemos é deixar de levantarmo-nos, nós mesmos nos colocarmos de pé e marcarmos o gol que marcará nossa própria história. Liberte-se!!

Denny, 16/06/2016

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Dois dos textos destaques:

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e

Multa por farol apagado de dia?

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Para os demais textos:

http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=158984

Adenilson C. da Anunciação