Ela se foi (*)

Eu queria ter um sonho... desses grandes... que movem uma vida.

Não tenho sonhos... tenho instinto de sobrevivência. Almejo chegar apenas no dia de amanhã... e ser grata de passar por mais um, e outro, e todos os demais.

Eu queria almejar grandes coisas. Voar alto. Mas meus vôos são rasos... são planos... cheios da mesmice do dia a dia.

Sinto falta de um objetivo. Algo pelo qual lutar que vá alem de fazer feliz a quem me cerca.

Queria algo por mim. Sonhar um sonho meu!

Não sei sair de onde estou. Talvez não queira, quem sabe?! Não é questão de resiliência. É medo! Eu me apavoro com a possibilidade do “não ser”... me apavoro tanto, que todos os dias “não sou”.

Penso que já fui! Meus sonhos se perderam no momento em que meu porto Deus levou. Com ela meus sonhos se foram e eu unicamente, não me sinto capaz de recomeçar!

Meu único sonho e que ela estivesse aqui.

Vivo acordada: ela não esta...